Legislativas 2011

Líder do PSD diz que não vai poder «decretar o fim da crise»

Passos Coelho Global Imagens

O líder do PSD confessou que se pudesse a primeira medida que tomaria seria «decretar o fim da crise» e frisou que são precisos 10 anos para resolver os problemas do país.

«Se pudéssemos decretar o fim da crise seria a primeira coisa como primeiro-ministro que eu faria, chamava a comunicação social e mostrava um decreto-lei: acabou a crise», disse Passos Coelho, durante um almoço de campanha no pavilhão desportivo de Sarzedo, no concelho de Arganil.

Contudo, acrescentou, «não é assim que o mundo funciona» e os problemas de Portugal não se vão resolver «em dois dias». «Nós vamos levar dez anos», sublinhou.

É por isso que o que está causa nestas eleições é um desafio extraordinário, considerou.

Passos Coelho especificou que «não vamos apenas escolher o governo que nos vai tirar da ajuda externa, temos de escolher o governo que possa trabalhar com os portugueses e possa pôr os portugueses que querem trabalhar a trabalhar por Portugal».

Garantiu ainda que só há um partido em condições de fazer o que tem de ser feito e sem perder tempo. «O PSD preparou-se bem para ser governo, foi o único partido que se apresentou aos portugueses com um programa que não é um mero programa eleitoral, é praticamente um programa de governo», disse.

«Nós não viemos fazer promessas vagas nestas eleições, viemos dizer aos portugueses o que íamos fazer no governo», acrescentou, num discurso em que repetiu que está na corrida para as legislativas com o único objectivo de pôr Portugal de pé. A plateia aplaudiu estas palavras, mas continuou sentada.