Na noite passada, num comício em Braga, o líder do Bloco de Esquerda falou num «troika tintas» e acusou o primeiro-ministro José Sócrates de mentir descaradamente.
No discurso do comício de quarta-feira à noite, em Braga, o líder bloquista afirmou que caiu a mascara a José Sócrates, acusando-o de querer votos pelo silêncio e ocultação.
«Atreve-se [referindo a Sócrates] a chegar às eleições com um aumento de impostos no bolso e não dizer às pessoas, de quem quer ter o voto, quanto mais é que vão pagar?», acusou Louçã.
O líder do Bloco sublinhou que Sócrates tem dois dias para fazer da Taxa Social Única (TSU) e do aumento de impostos que pretende fazer, lembrando o debate televisivo que teve com o secretário-geral socialista.
«Não é nem em cima do joelho nem pura incompetência que ataca a Segurança Social. É mentira organizada sobre a Segurança Social. É fugir a dizer às pessoas o que é importante para a nossa vida», criticou.
Já antes também Miguel Portas tinha falado do segundo memorando assinado com a "troika", referindo que o documento «é a passadeira cor-de-rosa para o PSD».
No final, o líder bloquista lançou ainda um apelo ao voto aos jovens e aos manifestantes da geração à rasca, defendendo que caso domingo vençam "os partidos da troika" vão manter-se as desigualdades sociais.
«Porque troika-tintas quer dizer que a vida é assim, desigualdade absoluta, tudo para quem tem tudo», declarou Francisco Louçã.