António José Seguro defendeu, esta sexta-feira, que em vez do imposto extraordinário, o Executivo devia dar incentivos ao crescimento económico, por exemplo com apoio às PME.
Apesar de considerar que a margem é estreita, o candidato à liderança socialista entende que o Governo tinha outro caminho diferente do que o imposto extraordinário.
Passos Coelho «dizia que era preciso desengordar o Estado, poupar nos consumos intermédios», mas a medida apresentada «não teve nada a ver com aquilo que propunha, teve a ver com aumentos de impostos», disse.
O socialista sentiu-se acompanhado quando ouviu Marques Mendes, antigo líder do PSD, dizer que esta medida podia ser mais justa se abrangesse também os rendimentos de capital e surgisse a par do corte das gorduras do Estado.
Seguro registou que «um dirigente do PSD, com uma dimensão porventura mais social-democrata», afastou-se da «visão liberal deste Governo».
Esta medida, para além de ter um impacto na redução das compras de Natal e no pequeno comércio, «não trata a todos por igual», reforçou.
As posições de António José Seguro foram assumidas numa sessão de apresentação da sua moção de estratégia para as eleições directas do secretário-geral do PS (22 e 23 deste mês) e para o congresso nacional do PS, entre 09 e 11 de Setembro.
No almoço, o socialista prometeu ouvir e registar opiniões e frisou que não tem acordo com ninguém, nem prometeu «nenhum lugar a ninguém».
«Há uma compromisso que tenho, o compromisso de fazermos do PS o melhor partido português» e o primeiro partido de Portugal nas próximas eleições autárquicas e legislativas, afirmou.