Francisco van Zeller e Basílio Horta defendem que desvalorizar o euro não é o melhor caminho para estimular a competitividade da economia portuguesa.
Estas reacções surgem depois de o Presidente da República, Cavaco Silva, ter defendido, no fim-de-semana, que gostava de ter um euro menos valorizado face ao dólar, o que podia, do ponto de vista económico, trazer mais exportações e uma maior competitividade para a Europa.
Em declarações à TSF, o antigo presidente da CIP, Francisco van Zeller, alerta que, na economia não há milagres nem remédios milagrosos, defendendo que a desvalorização do euro faz aumentar as exportações, mas também faz aumentar os custos com as importações.
Uma opinião igualmente partilhada pelo antigo presidente da AICEP, Basílio Horta, que sublinha que o défice da balança comercial não permite olhar para o euro mais barato como a solução para uma economia mais competitiva.
À TSF, Francisco van Zeller refere ainda que é preciso trabalhar e produzir mais em Portugal, considerando que o euro mais barato seria apenas um «pequeno passo».
Já Basílio Horta realça que Portugal tem de aumentar o valor acrescentado dos seus produtos, sobretudo naqueles em que o país se distingue, como é o caso dos sectores tradicionais.