O primeiro-ministro afirmou que a integridade e prestígio dos Serviços de Informação da República «não devem ser colocados em causa por notícias que não se sabe se têm fundamento».
«Em face de notícias que davam conta de alegadas fugas de informação com origem nos Serviços de Informação da República ocorridos em 2009, por segurança e protecção dos serviços, ordenei que se fizesse um inquérito», disse Pedro Passos Coelho.
Questionado pelos jornalistas à entrada para um Concerto de Homenagem ao Cardeal Patriarca de Lisboa, o primeiro-ministro considerou que aquela é uma situação que deve preocupar todos os portugueses.
«Os nossos serviços de informação têm integridade e prestígio que não devem ser colocados em causa por notícias que não sabemos se têm fundamento», declarou, acrescentando que «as regras da prudência mandam que se apure aquilo que tiver acontecido de modo a que não haja dúvida».
O jornal Expresso escreve hoje que o ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa «terá passado dados para fora do serviço nas últimas semanas em que ocupou o cargo» para uma empresa privada que posteriormente o contratou.
Acerca da situação relacionada com Bernardo Bairrão, que também foi tema de uma outra nota hoje divulgada pelo seu gabinete, o primeiro-ministro considerou que está esclarecida.
«Bernardo Bairrão não foi alvo de nenhuma informação nem de nenhuma investigação» e «o presidente da Comissão de Fiscalização dos Serviços de Informação afirmou exactamente o mesmo», salientou.