A secretária de Estado do Tesouro disse ainda na Comissão de Orçamento e Finanças que o acumular de prejuízos no BPN «acarretaria apenas mais prejuízos para os contribuintes».
A secretária de Estado o Tesouro justificou, esta quarta-feira, na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, a escolha do BIC como comprador do BPN por esta ser a «solução que garante uma melhor protecção dos trabalhadores, depositantes e, naturalmente, dos contribuintes».
«Pelas circunstâncias que todos conhecemos, o BPN tem vindo a registar prejuízos continuadamente ao longo do tempo. O prolongar desta situação no tempo acarretaria apenas mais prejuízos para os contribuintes. A tomada de uma decisão fecha o processo», acrescentou Maria Luís Albuquerque.
Esta secretaria de Estado disse ainda acreditar que o Estado pode ainda recuperar parte significativa dos 2,4 mil milhões de euros que gastou desde a nacionalização do BPN, sendo que o Estado terá ainda de fazer mais um esforço financeiro.
Maria Luís Albuquerque adiantou ainda que o «esforço de recapitalização do BPN estima-se em cerca de 550 milhões de euros», muito embora o «valor ainda não fechado, porque ainda estão por definir com rigor os termos finais desta transacção».
Para além deste valor, e «considerando os 40 milhões de euros que o BIC vai fazer até à data de transmissão das acções o custo para o Estado com o processo BPN ascende a 2,4 mil milhões de euros», concluiu a secretária de Estado do Tesouro.