O antigo ministro social-democrata defendeu, na rádio Renascença, que as promessas de Passos Coelho falharam redondamente, e considerou que este ano já não se verá qualquer corte na despesa do Estado.
Na rádio Renascença, Nuno Morais Sarmento apontou, na noite passada, baterias às opções do Governo considerando que este ano já não se vai ver qualquer corte na despesa do Estado.
«Qualquer corte na despesa anunciado em Outubro, e aprovado em Novembro, já não é executável no orçamento com resultado. Portanto tinha que ter sido de entrada», defendeu.
O social-democrata recordou ainda as promessas do primeiro-ministro Passos Coelho para dizer que nestes primeiros meses elas falharam.
«Este Governo chegará ao final do ano e terá assegurado a governação durante sete meses e perguntar-se-á qual é a redução da despesa em 2011 porque todos os anúncios que nos são feitos são para 2012» declarou.
«O primeiro-ministro tinha-se comprometido com a relação um terço/dois terços, entre aumento por via da receita fiscal e redução da despesa, [mas] nós não encontramos até agora nada que nos indique que o esforço de receita fiscal que foi exigido aos portugueses adicionalmente este ano seja compensado por igual corte na despesa pública», acrescentou Morais Sarmento.