Política

Relatório de auditoria à Madeira será conhecido este mês, garante Passos

Passos Coelho GI

O primeiro-ministro afirmou que os resultados da auditoria à dívida da Região Autónoma da Madeira serão conhecidos ainda em Setembro e que será desenvolvido um programa de ajustamento.

«O Governo não olha para a Madeira com olhos partidários, olha-a como uma região autónoma que está nesta altura com problemas sérios, que pediu que para que fosse feita uma reavaliação e desenhado um programa de ajustamento que trará dificuldades na sua aplicação e não representará um bónus, representará um ónus que os madeirenses e o Governo Regional terão de cumprir», disse Passos Coelho, no debate quinzenal, que decorreu, esta quarta-feira, no Parlamento.

A descida da Taxa Social Única (TSU) foi outro dos temas discutidos entre Governo e partidos. O primeiro-ministro afirmou que o Executivo está a estudar duas formas de redução da TSU, uma delas «selectiva», associada à criação de emprego, e outra «geral», que teria de ser aplicada «em dois passos».

Sobre este assunto, Passos referiu que «não desiste de fazer uma ondulação selectiva que cumpra os requisitos europeus».

A esquerda, por sua vez, receia que possa haver mais aumentos de impostos. Jerónimo de Sousa, do PCP, teme mais sacrifícios tenham sido prometido na carta enviada por Vítor Gaspar à troika: «Eu até admito que consiga acabar com o défice, corremos é o risco de acabar com o país», sustenta.

Mas Passos Coelho responde ao líder comunista: «Esta carta não encerra mais medidas de austeridade, nem novas medidas quer do lado dos impostos e das despesas».

Do lado do PS, António José Seguro criticou a mudança de posição de Passos Coelho sobre a emissão de eurobonds.

«Os eurobonds são importantes. É chocante ver um primeiro-ministro capitular. É triste ver o primeiro-ministro sair de Portugal com uma posição e voltar com outra», conclui.