PS Madeira acusa Jardim de fugir ao debate político como os «ditadores»

«O candidato do PSD continua a fugir ao debate político e quem foge, naturalmente, demonstra que esconde a realidade», afirmou André Escórcio, em conferência de imprensa no Funchal.

André Escórcio declarou que «falar de cima do palco sem que as pessoas possam ouvir a outra parte do problema é próprio de quem não tem argumentos».

«Só os ditadores assim procedem. Os democratas enfrentam as situações sujeitam-se à pluralidade das opiniões, não só ao longo do mandato, mas, fundamentalmente, no período eleitoral», considerou o responsável, também candidato do PS às eleições legislativas regionais de 9 de Outubro.

Para André Escórcio, com esta atitude o candidato do PSD prova não ter «uma visão estratégica ao serviço do desenvolvimento sustentável», não possuir «argumentos para uma nova política fiscal» e não saber «como combater o desemprego» ou o que «significa uma aposta na inovação, no conhecimento e na cultura».

Segundo o presidente do grupo socialista no Parlamento regional, Jardim demonstra igualmente que «não domina a necessidade de uma política estratégica para o turismo, que despreza uma política social de inclusão e de combate à pobreza» e «prova que não quer discutir os problemas da juventude através de um novo sistema educativo».

O candidato sublinhou, ainda, que o cabeça de lista do PSD «foge claramente ao debate da dívida, desses oito mil milhões que vão custar os olhos da cara a todos os madeirenses e porto-santenses durante muitos anos», defendendo a necessidade de a população saber que a região «está no vermelho».

Nas últimas eleições legislativas regionais, em Maio de 2007, o PS foi a segunda força política mais votada, conquistando 15,42 por cento dos votos e sete lugares na Assembleia Legislativa.

O PSD obteve 64,24 por cento dos votos, elegendo 33 dos 47 deputados do Parlamento regional.