O presidente do Governo Regional da Madeira diz que vai «resistir» nas eleições regionais, depois de ser acusado de contribuir para o aumento da dívida pública da sua região.
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Alberto João Jardim falava aos jornalistas no Porto Santo, onde goza as férias, reagindo às afirmações do secretário-geral do PS, António José Seguro, na festa anual dos socialistas madeirenses no Montado do Pereiro, no concelho de Santa Cruz.
Seguro disse que a Madeira tem uma «dívida pública colossal» de oito mil milhões de euros e desafiou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a esclarecer quem vai pagar a «irresponsabilidade» do governo regional madeirense na gestão dos dinheiros públicos, quando a Madeira está na bancarrota.
«Eu limito-me a dizer que a esquerda em Portugal não tem vergonha na cara. Toda a gente sabe que foi a esquerda, o PS e PCP e os comunistas do BE que puseram Portugal na situação em que está», reagiu Jardim quando confrontado com as declarações do dirigente socialista.
Acrescentou que «se a Madeira tem hoje dívida e assume que a tem e teve que a ter para poder resistir, nomeadamente, aos roubos que o PS fez à população da Madeira».
«Quero dizer que a luta continua e que se a Madeira tem hoje a dívida pública como tem foi para resistir à esquerda e derrotar sempre a esquerda», sustentou Jardim.
«Eu estou preparado para a esquerda deste país e os seus colaboracionistas me atacarem de alto a baixo durante o mês que falta para as eleições», garantiu.
A concluir, o líder regional afirmou: «O povo madeirense e os portossantenses vão resistir e mais uma vez vou derrotar a esquerda».
No seu discurso em Santa Cruz, o secretário-geral do PS disse que exige saber, antes da campanha para as eleições regionais de 9 de Outubro, o teor de um eventual acordo de assistência financeira entre os governos madeirense e da República.
Para o líder socialista, «os madeirenses têm o direito de saber o que é que lhes vai custar de sacrifício».