Economia

FMI avisa que crise das economias avançadas entrou numa fase perigosa

Christine Lagarde Reuters

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse, esta quinta-feira, que a crise económica nas economias avançadas entrou numa nova fase perigosa.

Num discurso em Washington, a directora-geral do Fundo defendeu que as lideranças politicas fracas estão a piorar a situação.

O diagnóstico é muito pouco animador. Christine Lagarde apontou o dedo às economias ocidentais, dizendo que vivem num círculo vicioso de baixo crescimento económico e finanças públicas frágeis, prejudicado pela ausência de lideranças políticas fortes.

Um círculo que, adiantou a director-geral do Fundo Monetário Internacional, os responsáveis políticos estão a tornar pior.

Lagarde explicou que o fraco crescimento e a fragilidade dos balanços dos governos, instituições financeiras e famílias estão a agravar-se mutuamente e alimentam dessa forma uma crise de confiança que trava a procura, o investimento e a criação de emprego.

O responsável do FMI considera que o circulo vicioso se torna mais intenso e tem sido exacerbado pelas indecisões dos dirigentes políticos e pelas disfunções políticas, chamando a atenção para a incerteza que paira sobre as dívidas soberanas das economias desenvolvidas, sobre os bancos na Europa e sobre as famílias nos Estados Unidos.

A sucessora de Dominique Strauss-Kahn apelou assim a uma acção conjunta dos políticos.

A hora, disse Lagarde, não é de se voltarem para si próprios, não é de meias-tintas nem de paliativos. É hora de os dirigentes se unirem, apelou a directora-geral do FMI, sublinhando que sem uma acção colectiva e robusta, existe o risco real de que as maiores economias voltem para trás em vez de avançarem.

Deixou ainda o aviso: se os países desenvolvidos caírem em recessão, os mercados emergentes não vão ser poupados.