Alberto João Jardim afirmou que o Governo está «mais empenhado em usar a Madeira do que em fazer reformas» e que os primeiros-ministros que estiveram contra a região já não o são.
«Está um Governo do PSD, mas há coisas de que eu já não estou a gostar. Parece que o Governo do PSD de Lisboa está mais empenhado em usar a Madeira, para não se falar do que vai no Continente, do que, propriamente, a fazer as reformas que já deviam ter sido feitas», afirmou,
O chefe do governo regional dirigiu inclusive uma pergunta ao chefe de Estado, questionando porque é que «o Estado português continua a ser usado para questões político-partidárias e político-pessoais».
Num comício em São Roque, no concelho do Funchal, o candidato social-democrata considerou que esta sexta-feira houve um «novo incidente», referindo que começa a «desconfiar porque é que se anda sempre a criar problemas» à Madeira.
«Eu sei que a Madeira disse sempre que não concordava com este regime político. Eu sei que o poder em Lisboa é feito de situacionistas políticos. Independentemente dos grandes partidos, são todos situacionistas, são todos do regime e uma Madeira que não é do regime é incómoda para aqueles cavalheiros», declarou.
Insistindo que o Governo Regional, de que é presidente desde 1978, demonstrou «transparência» na divulgação das contas, Alberto João Jardim disse querer ver, depois das eleições, com que se vai ocupar o «Estado português, que anda tão entretido com a Madeira, em vez de resolver os seus problemas», respondendo que talvez seja com os Açores.
Afiançando que até ao dia das eleições isto «não vai parar», o candidato do PSD deixou um aviso: «Todos aqueles primeiros-ministros que enfrentaram a Madeira e que fizeram mal à Madeira já não estão lá e isso devia servir de lição aos que estão para vir».