A Câmara de Vouzela pediu ao Governo o reforço da cobertura da Televisão Digital Terrestre (TDT) no concelho e o adiamento do prazo para desligar o sinal analógico.
Numa carta enviada ao ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, é explicado que a mudança vai ter um impacto negativo numa grande parte do município.
Em declarações à TSF esta terça-feira, o vice-presidente da autarquia explicou que muitos munícipes vão ser obrigados a ter uma maior despesa porque em muitas freguesias o acesso só pode ser assegurado através de um sistema de TDT via satélite.
«No concelho de Vouzela, 42 por cento do território não vai ter sinal ou vai ter um sinal muito fraco», o que configura uma «desigualdade», já que algumas pessoas serão obrigadas a fazer um investimento de entre 100 a 170 euros, disse.
Rui Ladeira sublinhou que este valor representa um «esforço muito significativo» para pessoas com reformas baixas.
Perante estas dificuldades, o vice-presidente da Câmara de Vouzela propôs «alargar os prazos de substituição de sinal», introduzir «novos sistemas para haver mais sinal» nas zonas periféricas ou compensações para as populações mais desfavorecidas poderem comprar o equipamento necessário.
Para além de Vouzela, também a Câmara de Monchique pediu à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) o adiamento do prazo para desligar o sinal analógico e o reforço da cobertura da Televisão Digital Terrestre.
Na base do pedido estão as mesmas razoes de Vouzela, ou seja, a falta de cobertura em grande parte do município e o custo do sistema TDT via satélite.
O sinal analógico é desligado em vários concelhos no dia 12 de Janeiro.