O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho recomendou aos que defendem que não se cumpra o que ficou acertado com a troika que olhem para os sacrifícios que estão a ser pedidos aos gregos.
Pedro Passos Coelho voltou, esta noite, a referir-se à questão da Grécia, já depois de serem conhecidas as medidas excepcionais do despedimento de 15 mil funcionários públicos.
«Todos aqueles que vão ameaçando Portugal com o que se passa na Grécia, dizendo 'vêem que ali são capazes de perdoar a dívida'. A esses recomendo que vejam o que se está a passar com a negociação do programa em que o governo se tem de comprometer em despedir 15 mil funcionários públicos, baixar os ordenados em mais de 20 por cento, para que alguém acredite que em 2020 a Grécia possa ter uma vida sustentável», afirmou.
«Eu não quero que isso aconteça no meu país. Não quero que as novas gerações estejam os próximos vinte ou trinta a pagar pelos que não tiveram a coragem suficiente para trincar a língua se for preciso e fazer o que necessário, para voltar a dar um futuro digno aos jovens portugueses», acrescentou.
O primeiro-ministro reforçou que «isso é que se vai passar com um país que não se resigna e tem ambição».