Portugal

Portas: Cavaco «foi muito claro ao defender obrigações» de Portugal

Paulo Portas

O ministro disse que Cavaco Silva «foi muito claro ao defender as obrigações internacionais de Portugal», referindo-se à entrevista em que o Presidente da República fala da austeridade.

Cavaco Silva, numa entrevista emitida pela estação de rádio TSF, afirma que há um «conjunto de pessoas» a quem se chama agora «os novos pobres» a quem «é impossível impor mais austeridade».

Para Paulo Portas, se «cumpridas as metas» impostas pelo memorando não são precisos esforços adicionais e, questionado pelos jornalistas sobre a questão da austeridade, afirmou que Cavaco Silva «foi muito claro ao defender as obrigações internacionais de Portugal».

«Não são obrigações de um partido ou sequer obrigações de um governo. Foram obrigações do Estado português assumidas em abril de 2011, no quadro do anterior governo que finalmente reconheceu que não havia dinheiro nem para pagar salários nem para pagar pensões e pediram dinheiro emprestado», disse, durante a visita hoje ao Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas, em Lisboa.

«Portugal é um Estado com nove séculos, honra a sua palavra porque precisou de pedir dinheiro. Emprestaram-nos o dinheiro em função de um conjunto de metas que têm de ser atingidas, essas metas estão a ser atingidas. Se cumpridas não é preciso fazer nenhum esforço adicional, a menos que haja alterações de conjuntura em termos europeus e internacionais» acrescentou Paulo Portas, que insistiu no cumprimento do memorando para evitar novas situações.

«O país está a fazer um esforço enorme. Quem está a cumprir o memorando de entendimento não é o Governo, não é o Parlamento, não são os órgãos de soberania, são os portugueses. São os trabalhadores, são os quadros, são os empresários que estão a cumprir todos os dias este memorando de entendimento e que estão a recuperar a credibilidade de Portugal que é uma Nação com nove séculos de História para quem é muito doloroso chegar um dia e não ter dinheiro», concluiu.