A serem provados os factos de que é acusado Paulo Pereira Cristóvão, o ex-presidente do Sporting considera que se tratará de um comportamento «deplorável». O antigo dirigente iliba ainda Godinho Lopes de responsabilidades nos alegados actos praticados pelo vice-presidente, entretanto suspenso.
Numa entrevista à TSF, Dias da Cunha sublinhou que não conhece totalmente os factos do caso Cardinal, mas não tem dúvidas sobre a actuação de Godinho Lopes, pessoa de quem é muito próximo.
O ex-presidente mostrou-se convicto de que o líder leonino não está envolvido na alegada armadilha montada ao árbitro auxiliar José Cardinal, que chegou a estar nomeado para o Sporting-Marítimo.
«Estou completamente à vontade. Coloco as minhas mãos no fogo pelo engenheiro Godinho Lopes. Ele não tem nada a ver com essa história, nem o Sporting», disse.
«Se houve qualquer comportamento menos correto, se é verdade a história da armadilha que se tenta montar, esse é um comportamento que de maneira nenhuma envolve o presidente do Sporting. Se houve uma cabala, a tentativa de levar um árbitro a um comportamento menos correto, se, como está a ser alegado, houve investigação da vida dos árbitros, tudo isso é deplorável, completamente inaceitável», considerou.
Além disso, Dias da Cunha referiu que se fosse presidente do Sporting e se lhe fosse dado a conhecer um documento supostamente comprovativo de uma conduta menos própria de um árbitro, teria feito o mesmo que Godinho Lopes. «Entregaria à Federação Portuguesa de Futebol».
Dias da Cunha não tem pejo em afirmar que «há muita má vontade contra o Sporting, de abater o clube», reclamando a «completa inocência» para a instituição e para o presidente neste caso Cardinal.
«Incomoda-me imenso essa história, porque com tudo aquilo que o futebol do Sporting tem sofrido esta época, passava bem sem isso», disse.
Para Dias da Cunha, Pereira Cristóvão «fez bem» em pedir a suspensão do mandato. «É correcto e louvável, para que não se pensasse que ele queria o clube como escudo para se defender».