A garantia é dada pelo Ministério da Agricultura, depois da polémica gerada pelas declarações da ministra Assunção Cristas.
Num esclarecimento prestado à TSF, o ministério da Agricultura adaianta que são três as principais medidas de apoio aos agricultores que não têm seguro.
De forma imediata, abre-se uma linha específica de financiamento no âmbito do PRODER, os fundos comunitários que se destinam a territórios afetados em mais de 30% e financia os investimentos necessários para relançar a produção.
Uma segunda linha de apoio passa por dar formação aos agricultores que precisem. A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte vai ensinar como se devem tratar as plantações de forma a garantir que estas sobrevivem.
Neste esclarecimento, o ministério liderado por Assunção Cristas afirma estar a acompanhar com preocupação a situação que se vive no Douro em consequência da queda de granizo que, na quarta-feira, destruiu centenas de hectares de vinhas e fruteiras.
Para ajudar os agricultores afetados, é prometida ainda ajuda para tratamentos de emergência nas plantações atingidas, de forma a preservar as plantações e garantir a sua produtividade futura.
Como medida extra, o ministério admite ainda que os produtores afetados possam vender os seus cartões de benefício de Vinho do Porto ou que, em alternativa, acumulem esses direitos com aqueles que vão ter na próxima colheita.
Estas medidas estão previstas para os agricultores que não têm seguro de colheitas. Segundo o ministério de Assunção Cristas, cerca de 50% dos agricultores afetados pelo granizo têm esses seguros de colheitas e, por isso, os seus interesses estão salvaguardados e não vão precisar da ajuda do ministério.
Vitivinicultores saudam decisão do ministério
A Associação de Vitivinicultores saúda a decisão do ministério da agricultura sobre os apoios comunitários a conceder aos agricultores afetados pelo mau tempo.
ouvida pela tsf, berta santos, presidente da Associação de Vitivinicultores independentes do Douro (AVIDOURO) considera que estas medidas são, de facto, um avanço em relação ao que foi inicialmente afirmado.
No entanto, Berta Santos lembra que estas medidas não resolvem o problema imediato de muitos vitivinicultores que ficaram com a produção do ano totalmente destruída e que esperam uma outra atenção da ministra.
Noticia atualizada com reações da Associação de Vitivinicultores