Dirigindo-se a António José Seguro, o ex-líder parlamentar do Bloco disse que o Estado Social «não precisa de uma reforma que o reduza» e que o memorando da troika não pode ser honrado.
O antigo líder parlamentar bloquista José Manuel Pureza estranha que o «PS parece ser o único que não quer encurtar o mandato do Governo» e frisou que a escolha urgente é pôr fim ao atual Executivo.
Na Convenção do Bloco de Esquerda, dirigindo-se diretamente ao líder socialista, José Manuel Pureza disse que o «Estado social em Portugal não precisa de uma reforma que o reduza», mas de «defesa e de reforço em nome da democracia».
«Não, António José Seguro, o memorando com a troika não precisa ser honrado, porque não há nenhuma honra nele. Precisa é de ser denunciado em nome da subsistência do país», acrescentou.
Dirigindo-se ainda ao secretário-geral do PS, Pureza defendeu que a «responsabilidade não é ceder ao populismo da extrema-direita e propor a redução do número de deputados».
«A responsabilidade é sair em nome da democracia, sair das encolhas e fazer escolhas», adiantou José Manuel Pureza, numa declaração aplaudida no Pavilhão do Casal Vistoso, onde decorre esta convenção.
Pureza frisou ainda que o seu partido «não quer menos do que governar o país e para isso o Bloco não se dispensará de nenhum esforço para todas as convergências».
«Sabemos que é um esforço difícil, porque sabemos que as convergências necessárias para essa luta não são convergências com clones, são convergências com gente diferente de nós, mas que connosco rejeita as encolhas e faz escolhas», concluiu.