O Ministério da Economia fixou serviços mínimos no período de greve até 28 de novembro, segundo um comunicado enviado à TSF. Os estivadores vão manter o protesto até 4 de dezembro.
A greve dos estivadores vai durar pelo menos mais uma semana do que estava previsto. O sindicato apresentou um novo pré-aviso de greve e a paralização nos portos que deveria terminar no dia 28 de novembro vai durar até 4 de dezembro.
Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, Vítor Dias, confirmou o prolongamento da greve e afirma que como as reivindicações ainda não foram atendidas, não havia outra saída.
Sobre a imposição do Ministério da Economia, Vítor Dias diz que a medida era desnecessária porque os estivadores já vinham a cumprir o que é agora exigido pelo Governo.
Num comunicado enviado esta noite à TSF, o Ministério da Economia fixou serviços mínimos nos portos de Lisboa e Setúbal, no período da greve até 28 de novembro.
Diz o ministério que a decisão está «em linha com o que tinha sido acordado entre operadores e sindicatos a 26 de outubro» para uma paralização anterior.
Os serviços mínimos garantem as operações que envolvam «medicamentos ou artigos de consumo hospitalar» e o transporte de «géneros alimentícios, produtos deterioráveis ou componentes sobressalentes para equipamentos de primeira necessidade» para as regiões autónomas.
De acordo com o comunicado, «também estarão asseguradas a carga e descarga, nos termos da lei, de animais vivos, mercadorias deterioráveis e bens considerados essenciais à economia nacional».
Por outro lado, «ficam asseguradas através de serviços mínimos a movimentação de cargas destinadas à exportação (União Europeia ou países terceiros)», refere o comunicado.