O FMI considera insuficiente o acordo para evitar um abismo fiscal e pede um plano completo para tornar viáveis as finanças públicas dos EUA, sem pôr em causa o crescimento económico.
«Saudamos a ação pelo Congresso dos EUA para evitar os aumentos de impostos súbitos e os cortes na despesa, incluindo uma extensão dos subsídios de desemprego durante 2013. Na ausência da ação pelo Congresso, a recuperação económica teria descarrilado», refere o porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, em comunicado.
Porém, o também diretor de relações externas da instituição liderada por Christine Lagarde afirmou que «precisa de ser feito mais para colocar as finanças públicas dos EUA de volta a um rumo sustentável sem prejudicar a ainda frágil recuperação».
«Um plano exaustivo que garanta mais receitas altas e contenha a despesa no médio prazo deverá ser aprovado o quanto antes. Para além disso, é crucial aumentar o teto da dívida rapidamente e remover as restantes incertezas acerca do sequestro da despesa e das leis que se preparam para expirar», acrescenta Gerry Rice.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje o acordo que já tinha recebido luz verde no Senado, e que adia por dois meses os cortes na despesa previstos para janeiro.
A votação final na Câmara dos Representantes foi de 257 votos a favor e 167 votos contra.
Numa votação que terminou pouco depois das 23h00 de terça-feira nos Estados Unidos (3h00 de quarta-feira em Lisboa), a Câmara de maioria republicana conseguiu número suficiente de votos favoráveis à adoção das medidas legislativas nos mesmos termos que o aprovado pelo Senado, numa votação em que a maioria ganhou por 89-8, menos de 24 horas antes.