O primeiro-ministro afirmou hoje que o seu gabinete gastou menos 1,5 milhões de euros em 2012 do que o do seu antecessor, José Sócrates, em 2010, motivando fortes protestos nas últimas filas das bancadas do PS.
Esta questão foi levada a por Pedro Passos Coelho ao debate quinzenal da Assembleia da República, na parte final da sua discussão política com o secretário-geral do PS.
Pedro Passos Coelho começou por defender que ele próprio deve ser um «exemplo» do que pede a todos na administração em termos de disciplina orçamental.
«No que respeita àquilo que é pequenino, mas que é da minha responsabilidade diretíssima, que são as responsabilidades com a despesa do gabinete do primeiro-ministro, quero dizer que em 2010 [com Sócrates] a despesa executada foi de 4,2 milhões de euros, em 2011 foi de 3,6 milhões de euros e em 2012 foi de 2,7 milhões de euros», disse, recebendo palmas das bancadas do PSD e do CDS.
Falando num momento em que Seguro já não dispunha de tempo para responder, Pedro Passos Coelho afirmou que esta redução de despesa do gabinete do primeiro-ministro «foi um contributo modesto, mas um contributo inequívoco para mostrar como nós temos de cortar na despesa».
«Nenhuma função ficou por realizar no gabinete do primeiro-ministro», acrescentou.