Depois de ter defendido uma solução que passaria por um Governo de iniciativa presidencial, Francisco Assis entende que nas atuais circunstâncias tal hipótese não é viável.
O socialista Francisco Assis confirmou que alinha agora com a ideia do líder do PS de eleições antecipadas, depois de ter defendido, há cerca de ano e meio, que a solução passaria por um Governo de iniciativa presidencial.
«A evolução dos acontecimentos foi toda noutro sentido, portanto creio que nestas circunstâncias não é possível em Portugal o recurso a um Governo de iniciativa presidencial», admitiu este ex-líder parlamentar do PS.
À entrada para a reunião da Comissão Política do PS, Assis, que frisou ser preciso minorar as consequências de eventuais legislativas antecipadas, considerou que Portugal «já não tem Governo».
«Estamos perante uma paródia de um Governo em Portugal. Seja qual for a solução encontrada estamos perante uma solução que já não suscita o mais leve respeito no país e é totalmente incapaz de mobilizar a sociedade portuguesa», explicou.
Na reunião da Comissão Política socialista, António José Seguro defendeu que é preciso evitar que a agonia do Governo se transforme na agonia do país, indicou fonte do PS.
Esta fonte acrescentou ainda que o líder socialista acusou o Governo de, depois de ter empobrecido o país com experimentalismo social, estar a desprestigiar as instituições democráticas.