Bagão Féliz condena a «guerrilha político-partidária» que está a ser feita a propósito dos contratos 'swap'.
Documentos revelados ontem pelo Governo mostram que já em 2004 o Citigroup tinha tentado vender 'swaps' tóxicos ao Governo de Santana Lopes. Bagão Félix, na altura ministro das Finanças, diz à TSF que nunca viu tal proposta.
O economista Bagão Félix confessou também não gostar muito de «guerras e guerrilhas» como a que envolve os documentos de dois assessores de José Sócrates sobre os contratos swap.
Poucas horas depois do Governo ter distribuido documentos com a informação de que dois antigos assessores de José Sócrates remeteram para o gabinete de Teixeira dos Santos para avaliação propostas de contratos 'swap' pela relevância que elas podiam ter, Bagão Félix diz que este é um comportamento normal.
Por isso Teixeira dos Santos despachou a informação dos dois assessores para o IGCP, o instituto que gere a dívida pública.
Em declarações à TSF, este ex-ministro das Finanças, próximo do CDS, entende que o Governo deve «concentrar os seus esforços no essencial».
«Houve um erro de alguma gravidade. Deve-se tirar as lições daí, mas não se deve enquistar o problema através de documentos para a direita ou para a esquerda», explicou.
Lembrando que esta situação nada interessa aos portugueses, Bagão Félix entende que se devem tirar «consequências e que não se repitam erros como este seja com este ou outro Governo».
«Elementos éticos devem estar sempre acima dos elementos políticos. Isso é o fundamental e o resto é tentar encerrar. O resto, na minha opinião, é acessório», concluiu.