Economia

FMI: rendas excessivas continuam a pesar na economia

Direitos Reservados

O FMI avisa que as rendas excessivas no setor da energia continuam a ser uma pedra na engrenagem da economia porque resultam em preços mais altos, com consequências negativas para as empresas.

O Fundo Monetário Internacional diz que a negociação das rendas excessivas no sector da energia ainda não deu resultados visíveis. As empresas de eletricidade, escreve o FMI no relatório da 11ª avaliação do programa de resgate, continuam a ter lucros garantidos e independentes da procura e isso coloca pressão nos preços da energia - um dos principais «custos de contexto» das empresas.

Estas rendas garantidas, acrescentam os técnicos do Fundo, são um obstáculo ao aumento da competitividade da economia e acabam por ter o efeito de colocar um peso maior no ajustamento do mercado laboral - ou seja, nos trabalhadores. Mas não tanto nos das empresas que beneficiam dessas rendas, já que, escreve o FMI, «as rendas nos sectores não transacionáveis permitiram aumentos salariais maiores do que os aumentos da produtividade, diminuindo a capacidade das empresas exportadoras atraírem profissionais altamente qualificados a um maior ritmo.»

O Governo responde, na «Carta de Intenções endereçada a Christine Lagarde - também publicada pelo FMI - que vai apresentar novas medidas nesse campo até ao final do mês, e sublinha que as opções já levadas a cabo permitiram uma poupança de 3,4 mil milhões de euros no défice tarifário. O executivo acrescenta que as novas medidas vão refletir-se nos preços da energia.