Vida

Câmara de Braga descarta responsabilidades na queda do muro

Braga Global Imagens/Paulo Jorge Guimarães

O presidente da Câmara diz que estrutura que matou três alunos é do condomínio do prédio e garante ainda que a autarquia nunca foi «formalmente» alertada sobre o estado daquele mobiliário urbano.

O presidente da Câmara de Braga garantiu que a tutela da estrutura que ruiu, matando três estudantes, é do condomínio do prédio que servia e que a autarquia nunca foi «formalmente» alertada sobre o estado daquele mobiliário urbano.

Esta tarde, em conferência de imprensa, Ricardo Rio adiantou ainda que a referida estrutura, que servia de suporte a caixas de correio não consta do licenciamento do prédio que servia mas que «também não tinha que constar».

Aludindo a uma carta datada de 2009 que circulou nas redes sociais e que dava conta que a autarquia de Braga tinha sido alertada para o mau estado do muro que ruiu, Ricardo Rio explicou que a missiva não se refere à estrutura que causou o "trágico" acidente.

«Tudo isto [o alerta e o respetivo processo] não incide sobre a estrutura que ruiu mas sobre um outro muro», disse.

Rio adiantou ainda que a estrutura, que servia para dar suporte a caixas de correio, «não conta do processo de licenciamento do respetivo prédio mas também, em bom rigor, não teria que constar», afastando assim a possibilidade de aquela construção estar ilegal.

Segundo o autarca, «a tutela sobre aquela estrutura é da responsabilidade do condomínio do prédio por via do uso privado a que se destinava».

Já contactado pela TSF, a administração do condomínio do prédio remete para esta terça-feira mais esclarecimentos.

Na quinta-feira três estudantes morreram, e quatro ficaram feridos, depois de uma estrutura, que segundo o autarca de Braga não pode ser considerada um muro, ter ruído durante uma "brincadeira" entre cursos da Universidade do Minho.

O acidente levou a que a fosse declarado luto pela Associação Académica da Universidade do Minho, levando mesmo que fossem canceladas as Monumentais Festas do Enterro da Gata, nome pelo qual é conhecida a queima das fitas da academia minhota, marcadas para maio.

Para terça-feira, data da missa de sétimo dias dos estudantes que morreram, está marcada uma vigília em honra dos estudantes mortos e a Universidade do Minho suspendeu as aulas.