Em Bruxelas, Marine Le Pen garantiu que vai apresentar um grupo de extrema-direita no Parlamento Europeu dentro de três semanas e atacou a gestão europeia da crise na Ucrânia.
A líder da Frente Nacional, o partido que venceu as eleições europeias em França, acredita que vai conseguir constituir um grupo de extrema-direita no Parlamento Europeu.
Em conferência de imprensa em Bruxelas, Marine Le Pen garantiu que «dentro de três semanas vamos apresentar-vos um grupo bonito e bem constituído».
Apesar disto, a líder da extrema-direita francesa admitiu não ter ainda todos os apoios necessários para a criação deste grupo para o qual são necessários 25 eurodeputados de sete países.
A filha de Jean-Marie Le Pen criticou ainda com dureza a gestão por parte da União Europeia da crise da Ucrânia, considerando que Bruxelas nunca deveria fazer frente a Moscovo.
«É estúpido da parte da União Europeia entrar numa guerra fria com a Rússia. Nada o justifica. Penso que deve haver relações equilibradas com todos os grandes países», defendeu.
Marine Le Pen sublinhou mesmo que a «Rússia é incontestavelmente um grande país com o qual a França (não falo dos outros) tem todo o interesse em ter e desenvolver relações comerciais e estratégicas».
Para a líder da Frente Nacional, a «consequência da estupidez do comportamento da União Europeia de hostilidade em relação à Rússia é juntar a Rússia à China com a qual a Rússia acaba de celebrar um contrato gigantesco e histórico».
Questionado sobre a possibilidade de estar no Parlamento Europeu para servir os interesses da Rússia, Marine Le Pen disse que esta é uma «última tentativa de diabolização a que estamos habituados».