Política

Passos obrigado a cumprir Constituição, mesmo não gostando, lembra Jerónimo

Num discurso na Manta Rota, o líder do PCP lembrou ainda que «o mesmo Governo que agarrou em 4400 milhões de euros para acudir ao BES é o mesmo que agora diz que tem dificuldade em tapar o buraco orçamental».

O secretário-geral do PCP sublinhou, esta sexta-feira, que o primeiro-ministro está obrigado a cumprir a Constituição, mesmo tendo o direito de não gostar da Lei Fundamental portuguesa.

Um dia após a Contribuição de Sustentabilidade ter sido declarada inconstitucional e de o Tribunal Constitucional apenas ter autorizado cortes salariais em 2014 e 2015, Jerónimo de Sousa lembrou que esta foi uma derrota para Passos e Cavaco.

No habitual discurso na Manta Rota, no Algarve, Jerónimo previu ainda que «essa medidas alternativas que Paulo Portas dizia que vão ser justas e equilibradas vão ser sempre contra os mesmos do costume».

«O mesmo Governo que agarrou em 4400 milhões de euros para acudir ao BES é o mesmo Governo que agora diz que tem dificuldade em tapar o buraco orçamental», acrescentou.

Jerónimo de Sousa considerou ainda que o ângulo do discurso de Pedro Passos Coelho desta sexta-feira na festa do Pontal se deverá manter no ataque ao Tribunal Constitucional, tal como aconteceu há um ano.

«Talvez menos ofensivo, mas vai continuar a considerar a Constituição e o Tribunal Constitucional como um estorvo. Passos Coelho tem o direito de não gostar da Constituição, mas tem a obrigação de a respeitar, tendo em conta que foi eleito à luz da Constituição e do que ela preconiza», explicou.

Redação