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EUA e UE responsabilizam Rússia por escalada de violência na Ucrânia e admitem novas sanções (vídeo)

EUA e União Europeia Direitos Reservados

Com a escalada de violência a aumentar na Ucrânia, os Estados Unidos admitem a hipótese de avançar com novas sanções contra a Rússia. Também a União Europeia pondera o reforço dos castigos a Moscovo.

Barack Obama afirmou esta noite, a partir da Casa Branca, em Washington, que a Rússia está a isolar-se a si própria ao «encorajar» a violência através do seu apoio aos separatistas.

«É óbvio para todo o mundo» que as forças russas estão na Ucrânia, afirmou. «A incursão russa que está a ocorrer atualmente na Ucrânia só pode levar» a sanções adicionais contra a Rússia, acrescentou o chefe de Estado norte-americano.

Barack Obama adiantou que vai receber o seu homólogo ucraniano, Petro Poroshenko, no próximo mês na Casa Branca.

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Esta tarde, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano disse que Washington não exclui nenhuma opção, recordando que tem várias por onde escolher e meios para as colocar em prática, não excluindo a possibilidade de uma eventual ajuda militar à Ucrânia.

Já o embaixador norte-americano defendeu hoje no Conselho de Segurança da ONU que a Rússia tem de «parar de mentir», acusando Moscovo de fomentar a instabilidade na Ucrânia.

Também a União Europeia pondera o reforço dos castigos a Moscovo. A chanceler alemã Angela Merkel disse hoje que a União Europeia (UE) já tinha avisado.

Merkel lembra que esse aviso foi feito em março e que agora, perante relatos do aumento da presença de soldados russos e avanços dos separatistas em áreas que até estavam tranquilas, o assunto vai estar na agenda da cimeira europeia que se realiza no sábado.

Também esta quinta-feira, o primeiro-ministro britânico pediu a suspensão imediata do envio de tanques russos para a fronteira ucraniana. David Cameron avisa que Moscovo pode sofrer novas consequências, um aviso semelhante ao do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que classifica de intolerável a situação.

Em Moscovo, o ministro russo da Defesa já veio desmentir a presença de tropas russas na Ucrânia. No entanto, a NATO diz que as imagens de satélite tornam evidente que há russos a combater ao lado dos separatistas.

A ONU considera que a confirmarem-se as informações de que os combates na Ucrânia se entenderam ao sul do país trata-se de «uma perigosa escalada» da crise. O porta-voz do secretário geral das Nações Unidas diz que Ban Ki-moon está alarmado e defende que a comunidade internacional não pode permitir que a situação continue.

A pedido da Lituânia, o Conselho de Segurança da ONU está reunido hoje para discutir a crise na Ucrânia.

Redação