A Federação Nacional de Professores e outras seis organizações sindicais do setor consideram que o ministro da Educação pouco esclareceu, hoje no Parlamento, sobre os problemas da classe.
Nuno Crato disse hoje no Parlamento que o Governo pediu ao Conselho Superior da Magistratura que designe um representante para uma comissão avaliar, junto das partes, eventuais compensações a professores lesados com erros nas colocações (que têm atrasado a colocação de professores).
Em comunicado, a Fenprof interroga-se sobre que tipo de comissão se trata, e acrescenta que o ministro também não esclareceu como será feita a compensação de aulas aos alunos que continuam sem professor ou como serão compensados os docentes que já tinham sido colocados e que entretanto foram afastados.
A FNE considera que a criação de uma comissão para tratar das indemnizações aos professores pode ser uma boa solução. Em declarações à TSF, João Dias da Silva acredita que «esta solução será mais expedita do que o recurso aos tribunais, pelo que deve avançar o mais rapidamente possível».
Ainda assim, João Dias da Silva quer ver esclarecido se os sindicatos podem integrar esta comissão.
A agência Lusa conta que 13 professores concentraram-se esta noite à frente da casa do ministro Nuno Crato. Um protesto acompanhado de perto por uma carrinha de intervenção e por vários polícias. Os docentes exigiram a demissão do ministro empunhando cartazes.
Hoje no Parlamento a oposição pediu em bloco a demissão do ministro da Educação e o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda já pediu esclarecimentos ao Governo sobre se vai ser criado algum mecanismo de indemnização dos professores lesados, com base em que critérios e qual o calendário.