O primeiro dia da comissão de inquérito à gestão do BES e do GES terminou cerca das 22:00 após 12 horas de audições, divididas entre o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o vice-governador Pedro Duarte Neves.
Os trabalhos arrancaram no parlamento perto das 09:00, foram interrompidos cerca das 13:15 para almoço, e retomaram uma hora depois para terminarem por volta das 22:00.
Carlos Costa esteve a ser ouvido durante o período da manhã e boa parte da tarde, com Pedro Duarte Neves a seguir-lhe num total acumulado de 12 horas de audições, a que se junta o referido período para almoço dos deputados e dos jornalistas.
Também prevista para hoje estava a audição de José Ramalho, vice-governador do Banco de Portugal (BdP) e presidente do Fundo de Resolução, acionista único do Novo Banco, mas a presença no parlamento do responsável foi adiada para dia 25 em virtude do atraso nas audições de hoje.
A comissão, que hoje arrancou, terá um prazo de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado, e tem por intuito «apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades».
Será também avaliado, por exemplo, o funcionamento do sistema financeiro e o «processo e as condições de aplicação da medida de resolução do BdP» para o BES e a «eventual utilização, direta ou indireta, imediata ou a prazo, de dinheiros públicos».
Para terça-feira estão marcadas duas audições: o presidente do Instituto de Seguros, José Almaça, e Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Na quarta-feira são ouvidos o antigo ministro das Finanças Fernando Teixeira dos Santos e a atual titular da pasta, Maria Luís Albuquerque.