O antigo ministro das Finanças não acredita que a intervenção do Banco de Portugal tenha avançado sem a concordância do executivo.
Ouvido hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BES, Teixeira dos Santos disse que na solução encontrada para o banco tem de ter havido intervenção do actual governo.
Ao contrário do que a Ministra das Finanças tem dito, de que a decisão foi do supervisor e não uma decisão política, o antecessor na pasta está absolutamente convencido de que Carlos Costa precisou do Governo para poder avançar com a resolução no BES.
Teixeira dos Santos aproveitou a dupla experiência de antigo supervisor à frente da CMVM e simultaneamente de ex responsável político, para dizer que neste caso, tal como aconteceu antes no BPN, as decisões tem de ser concertadas.