Economia

Governo analisa 5ª feira requisição civil para a TAP

Pedro Passos Coelho Global Imagens

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo vai analisar no Conselho de Ministros de quinta-feira uma eventual requisição civil para a TAP e tomará todas as medidas possíveis para garantir a normalidade de serviços da transportadora aérea.

Em conferência de imprensa, no final da III Cimeira Luso-Cabo-verdiana, realizada em Lisboa, no Palácio das Necessidades, questionado se vai ser decretada uma requisição civil para a TAP, Pedro Passos Coelho respondeu: «Essa é uma questão de ordem interna, que não deixará de ser analisada amanhã [quinta-feira] no Conselho de Ministros».

O chefe do executivo PSD/CDS-PP referiu que não estará presente nessa reunião, porque estará em Bruxelas para participar no Conselho Europeu, acrescentando: «Mas tenho a certeza de que o Governo tomará todas as medidas que considerar adequadas para garantir, na medida do possível, daquilo que a lei confere, a normalidade em serviços que são tão importantes para o país como é aquele que é servido pela TAP».

Passos Coelho associou ainda o PS à privatização da TAP, referindo decisões de anteriores governos socialistas e defendendo que o programa de resgate impunha a venda da empresa, e afirmou que esse processo vai até ao fim.

«Todos sabem qual é o compromisso do Governo: é o de prosseguir com o processo de privatização, e não é nenhuma greve na TAP que irá colocar em causa esse processo. Esse é um processo que foi espoletado e que conhecerá o seu fim», declarou.

O primeiro-ministro referiu que «foi um Governo socialista que começou com decisões de Conselho de Ministros a alienar participações da TAP a investidores externos, e desde então passaram-se doze anos» e, quanto ao conteúdo do programa de resgate, defendeu: «O memorando de entendimento previa a venda da TAP, não conheço outro significado para a venda que não seja vender. Não se vende para ficar com a empresa».

O chefe do executivo PSD/CDS-PP respondeu assim ao secretário-geral do PS, António Costa, que alegou que o programa de resgate assinado no final da anterior governação socialista, em 2011, com o Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu previa «que a TAP só seria privatizada parcialmente e nunca na sua totalidade».