Edmundo Martinho, antigo presidente do Instituto da Segurança Social diz que os serviços devem explicar porque é que aceitaram o pagamento de Pedro Passos Coelho se a dívida do primeiro-ministro já estava prescrita.
Presidente do Instituto da Segurança Social entre 2005 E 2011, Edmundo Martinho diz desconhecer os problemas invocados pelo Ministro Pedro Mota Soares para desculpar Pedro Passos Coelho na questão das contribuições em atraso, respeitantes ao período entre 1999 e 2004.
O titular da pasta da Segurança Social afirmou que o primeiro-ministro foi vítima de erros da própria administração, justificando assim os cinco anos que passaram sem que Passos Coelho saldasse a dívida. Para Edmundo Martinho, esta explicação não faz qualquer sentido.
Quando foi interpelado pelo jornal "Público", que noticiou os factos no sábado, Pedro Passos Coelho decidiu pagar voluntariamente quatro mil euros da dívida. O antigo presidente do Instituto da Segurança Social questiona o procedimento, por isso Edmundo Martinho considera que os serviços têm agora de explicar porque é que aceitaram o pagamento de uma dívida prescrita.