O PS considerou hoje que o conjunto de respostas dadas pelo primeiro-ministro sobre o pagamento das suas dívidas à Segurança Social revela um «comportamento incompreensível e inaceitável». Já o PCP requer uma avaliação do Presidente da República.
Para além de considerarem que as respostas dadas pelo primeiro-ministro revelam um «comportamento incompreensível e inaceitável», os socialistas afirmam que o mesmo deverá ser penalizado pelos portugueses nas eleições.
Esta posição foi transmitida pelo vice-presidente da bancada socialista Vieira da Silva, depois de o primeiro-ministro ter respondido por escrito aos requerimentos do PS e do PCP sobre a sua atuação perante a Segurança Social no período entre 1999 e 2004.
O PCP considerou hoje que as respostas dadas pelo primeiro-ministro sobre a sua relação com o sistema de Segurança Social «adensam as suspeições» e requerem uma avaliação do Presidente da República sobre a ausência de regular funcionamento das instituições.
Esta posição foi transmitida pelo presidente do Grupo Parlamentar do PCP, João Oliveira, após o primeiro-ministro ter respondido ao seu requerimento com nove perguntas sobre a atuação de Pedro Passos Coelho perante a Segurança Social no período entre 1999 e 2004.
O Bloco de Esquerda denunciou hoje que a lista de devedores à Segurança Social está indisponível para consulta há pelo menos três dias e pediu ao Governo para explicar as razões pelas quais não pode ser consultada.
No requerimento, assinado pela coordenadora, Catarina Martins,o BE pergunta ao Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social se tem «conhecimento da situação», como justifica que a lista esteja indisponível para consulta e quando prevê que a mesma seja atualizada e volte a ser publicada.
«Não descurando a possibilidade de existência de um problema técnico, não deixa de ser surpreendente face aos recentes acontecimentos, que a lista de devedores à Segurança Social esteja indisponível para consulta neste momento», acrescenta o Bloco de Esquerda.
O Bloco de Esquerda referia-se aos atrasos de pagamento à Segurança Social do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.