O Presidente da República disse hoje que morreu «um símbolo maior do cinema português no mundo» e um dos «nomes mais significativos da história da sétima arte». Cavaco Silva sublinhou ainda que «Portugal perdeu um dos maiores vultos da cultura contemporânea».
«Para além da sua qualidade artística, internacionalmente premiada e reconhecida, a obra de Manoel de Oliveira ficará para sempre como um testemunho inconfundível da cultura portuguesa, que ele soube interpretar como ninguém, tanto na sua dimensão popular, como na sua dimensão erudita», afirmou o Presidente da República numa declaração aos jornalistas no Palácio de Belém.
É um «momento de luto para a nossa cultura», disse Cavaco Silva, que recordou que teve «o privilégio de acompanhar o trajeto de Manoel de Oliveira ao longo da sua vida tão plena de sucessos que marcaram várias gerações de portugueses».
«Manoel de Oliveira é um exemplo para as novas gerações. Até ao fim da vida teve projetos de futuro e foi sempre capaz de ultrapassar as dificuldades. A sua obra atraiu muitos nomes da sétima arte de várias nacionalidades que o consideravam um cineasta maior e com quem estavam sempre disponíveis para trabalhar», acrescentou Cavaco Silva.
O Presidente da República deixou, no final da sua declaração, «as mais sinceras condolências à família de Manoel de Oliveira».