Artes

Passos: Cultura portuguesa perdeu uma das suas figuras maiores

Global Imagens/Leonel de Castro

O primeiro-ministro expressou hoje, em seu nome pessoal e em nome do Governo, pesar pela morte do cineasta Manoel de Oliveira e considerou que a cultura portuguesa perdeu uma das suas figuras maiores. O secretário de Estado da Cultura sublinha que «Portugal perde um dos referenciais do século XX».

«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em seu nome pessoal e em nome do Governo de Portugal, expressa público pesar pelo falecimento de Manoel de Oliveira. A Cultura portuguesa perdeu hoje uma das suas figuras maiores», lê-se numa nota divulgada pelo gabinete do chefe do executivo PSD/CDS-PP.

O primeiro-ministro refere-se a Manoel de Oliveira como «a figura decisiva do cinema português no século XX» e como «obreiro central da afirmação da cinematografia portuguesa a nível internacional e, através do cinema, da cultura portuguesa e da sua vitalidade».

Para Pedro Passos Coelho, «a sua capacidade de criação de novas linguagens cinematográficas e a sua paixão pela sétima arte projetaram Portugal no Mundo» e «a sua obra continuará, certamente, a influenciar gerações de realizadores, atores, produtores e praticantes do cinema em geral».

«O património cinematográfico de décadas de trabalho laborioso que nos deixa é hoje património de nós todos», acrescenta o chefe do executivo PSD/CDS-PP, apresentando condolências à família de Manoel de Oliveira «e a todos os que, de alguma forma, tiveram o privilégio de conhecer e acompanhar o homem e a sua obra».

Também o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, lamentou a morte do cineasta Manoel de Oliveira, sublinhando que «Portugal perde um dos referenciais do século XX».

Numa nota de pesar hoje divulgada, o secretário de Estado expressa público pesar pelo falecimento do realizador em seu nome pessoal e em nome do Governo. «Portugal perde um dos referenciais do século XX e um dos homens que, de forma continuada, durante quase nove décadas, dedicou apaixonadamente a sua vida à arte do cinema, criando obras que são hoje património cultural português», assinala o governante.

Jorge Barreto Xavier sublinhou ainda o «estilo e uma linguagem distintiva que são exemplares enquanto representação do poder de criação humana».

«Esteve presente nos grandes momentos da história do cinema português no século XX e contribuiu de forma decisiva para a visibilidade da cinematografia portuguesa na Europa e no Mundo. O seu trabalho e a sua influência em gerações de criadores e produtores fazem dele uma das raízes para a compreensão e para a leitura da cultura contemporânea portuguesa», acrescenta o tutelar da cultura no Governo.

Barreto Xavier conclui, na nota oficial: «O património criado por Manoel de Oliveira é de tal dimensão, que cuidar dele e projetá-lo é tarefa que nos compromete no presente e para o futuro».