O chefe da oposição zimbabueana, Morgan Tsvangirai, refugiado na embaixada da Holanda em Harare, exigiu esta segunda-feira a anulação da eleição presidencial no Zimbabué, numa entrevista divulgada pela cadeia de televisão norte-americana CNN.
Em declarações por telefone à cadeia de televisão, Tsvangirai disse que «é preciso intervir para garantir que as eleições sejam declaradas nulas», defendendo que «um novo escrutínio especial seja organizado numa atmosfera livre e justa».
«A segunda coisa é garantir que a comunidade internacional, dirigida pela União Africana, e apoiada pela ONU, consiga que uma espécie de acordo negociado permita uma espécie de transição e fiscalize a sua concretização», acrescentou.
«Tomámos a decisão como partido de nos retirarmos da corrida. Ao mesmo tempo, estamos num processo para obter a anulação» da eleição «e até quarta-feira» deveremos conseguir isso», disse.
Interrogado se estava bem na Embaixada da Holanda em Harare respondeu: «Não tenho a liberdade de dizer onde estou, mas isso não é o problema.»
Enquanto isto, em Harare, o chefe da polícia nacional do Zimbabué, afirmou que Tsvangirai «não está em perigo», sublinhando que a sua decisão de se refugiar na Embaixada da Holanda em Harare visava «provocar a cólera» da comunidade internacional.