Amado diz que desistência do líder da oposição zimbabuano é «mais do que justificada»
O chefe da diplomacia portuguesa afirmou, esta segunda-feira, que a desistência do líder da oposição do Zimbabué da corrida às presidenciais «é mais do que justificada». Para Luís Amado, a situação deve ser resolvida no âmbito da ONU, da UE e de organizações regionais.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou, esta segunda-feira, que a desistência do dirigente da oposição do Zimbabué, Morgan Tsvangirai, «é mais do que justificada».
«Temos de trabalhar no âmbito da ONU, da UE e de organizações regionais para garantir que o processo político se venha a normalizar», considerou Luís Amado, frisando que a situação actual é «inaceitável».
Tsvangirai anunciou domingo que se retirava da corrida presidencial, justificando que não pode pedir aos eleitores que «arrisquem a vida» para votar a 27 de Junho e acusando o presidente Robert Mugabe de ter «declarado a guerra» à oposição.
«Não participaremos mais naquilo que é uma farsa de processo eleitoral, manchado pela violência e ilegitimidade», declarou, depois de milhares de apoiantes do partido no poder, ZANU-PF, terem bloqueado o acesso ao estádio em Harare onde o Movimento para a Mudança Democrática de Tsvangirai ia realizar um comício.