A abrir esta sessão, o presidente da mesa da AG começou por afirmar que o FC Porto não pode ser "humilhado", numa alusão aos desacatos que ocorreram na anterior assembleia, e diz que toda a gente terá "direito a falar".
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A Assembleia Geral (AG) extraordinária do FC Porto, que delibera sobre os novos estatutos do clube, arrancou esta quarta-feira, sem incidentes, no pavilhão Dragão Arena.
A entrada dos cerca de mil adeptos azuis e brancos ocorreu de forma tranquila.
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A abrir esta sessão, o presidente da mesa da AG, Lourenço Pinto, começou por afirmar que o FC Porto não pode ser "humilhado", numa alusão aos desacatos que ocorreram na anterior assembleia, e diz que toda a gente terá "direito a falar".
A Assembleia Geral decorrerá no pavilhão Dragão Arena por ter capacidade para receber mais pessoas. Na assembleia que acabou cancelada, o local teve que ser alterado duas vezes, depois de os responsáveis pela reunião terem percebido que não havia condições para efetuar os trabalhos, quer no auditório, primeiro, quer na tribuna presidencial, depois, devido à grande afluência de associados.
A direção liderada por Pinto da Costa vai apresentar um prejuízo operacional de 2,43 milhões de euros na época passada. Esse valor, juntamente com os números que englobam a SAD e as restantes empresas do universo portista, resulta num saldo negativo de 48,29 milhões. Por outro lado, o ativo da SAD baixou para 356,29 milhões, enquanto o passivo aumentou de 530,11 para 532,27 milhões de euros. Os capitais próprios negativos são agora de 175,980 milhões.
A hipotética adoção do voto eletrónico e por correspondência, a filiação sénior mínima de 15 anos, em vez dos atuais 10, para se concorrer à presidência ou o acesso ao direito de voto após dois anos ininterruptos como sócio são algumas das mudanças em discussão.
Elaborado pelo Conselho Superior, órgão consultivo do FC Porto, o documento protege a manutenção da maioria do capital social da SAD perante uma eventual entrada de novos investidores, alargando ainda a abertura à realização de negócios entre os titulares dos órgãos sociais e os 'dragões', desde que salvaguardem o "manifesto interesse do clube".
Qualquer alteração dos estatutos necessitará de dois terços de votos favoráveis para ser aprovada, entrando em vigor no dia seguinte ao da publicação da escritura pública, que deverá ser realizada num prazo de 30 dias junto da Conservatória do Registo Comercial.