Procuradoria-geral distrital abre inquérito à AG do FC Porto adiada por desacatos
Processo está nas mãos do Departamento de Investigação e Ação Penal da Procuradoria da República do Porto.
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A Procuradoria-Geral Distrital do Porto instaurou um inquérito aos acontecimento na assembleia-geral (AG) do FC Porto que decorreu na noite desta segunda-feira e acabou por ser adiada devido a agressões entre adeptos.
"Tendo em conta os acontecimentos sucedidos na assembleia-geral do Futebol Clube do Porto, que teve início no dia 13.11.2023, amplamente divulgados na comunicação social e susceptíveis de integrar infracções criminais de natureza pública, foi determinada a instauração de inquérito, que corre termos no Diap da Procuradoria da República do Porto", lê-se num comunicado divulgado pela procuradoria.
O inquérito decorre no Departamento de Investigação e Ação Penal da Procuradoria da República do Porto.
A AG do FC Porto que decorreu na noite desta segunda-feira foi suspensa após altercações nas bancadas e os trabalhos serão retomados na próxima segunda-feira, 20 de novembro, pelas 21h00, no Dragão Arena.
Entretanto, a direção do clube garantiu que vai identificar os adeptos que estiveram envolvidos nas "agressões físicas" e que "mobilizará os restantes órgãos sociais tendo em vista a abertura de processos disciplinares". Os dragões lamentam os desacatos, que, dizem, "são condenáveis e mancham uma história centenária de cultura democrática".
As agressões entre associados que se geraram durante a intervenção de um membro da comissão de revisão dos estatutos e depois da participação de um associado acabaram por obrigar os responsáveis a suspender a AG.
"A direção do FC Porto desenvolverá todos os esforços para auxiliar a mesa da Assembleia-Geral a garantir máximas condições de segurança na reunião da próxima segunda-feira", assegura o clube.
Numa nota positiva, o FC Porto destaca que "participou nesta assembleia uma quantidade de associados muito superior ao habitual, o que é um sinal de vitalidade do FC Porto e da sua dimensão associativa".
Tudo estava preparado para que a AG se realizasse no auditório do Estádio do Dragão, com capacidade para quase 400 pessoas, mas a grande afluência de sócios que obrigou a organização transferir os trabalhos para o Dragão Arena, onde ocorreram as agressões.