Depois das agressões, revisão de estatutos do FC Porto pode cair e cancelar assembleia-geral
Está a ser considerada a possibilidade de a revisão estatutária poder voltar a ser discutida quando for mais favorável no universo portista.
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Depois dos confrontos do início da semana, a Assembleia-Geral Extraordinária do FC Porto, remarcada para a próxima semana, está em risco de não acontecer. Isto porque a revisão estatutária que iria ser votada nessa reunião pode cair.
A informação foi avançada pelo Record e confirmada pela TSF. A possibilidade de o documento ser retirado da apreciação dos sócios portistas e os atuais estatutos se manterem até que o contexto portista seja mais favorável está a ser considerado. Para que fosse aprovada a alteração estatutária, a proposta teria de ter a aprovação de 75% dos sócios.
Esta proposta iria ser votada na próxima segunda-feira, depois de a assembleia-geral extraordinária desta semana ter sido muito atribulada. Primeiro, a grande afluência de sócios obrigou a que a reunião, que ia acontecer num auditório dentro do Estádio do Dragão, tivesse de viajar à pressa para o Dragão Arena, pavilhão do FC Porto.
Isto fez com que muitos sócios tenham estado horas nas filas para entrar e a assembleia-geral arrancou ainda com muitos deles fora do pavilhão. E foi aí que os ânimos se acenderam ainda mais, já que vários sócios entraram em confrontos entre si, resultando em agressões físicas. Alguns adeptos foram retirados do local, até que a Mesa da Assembleia Geral acabou por suspender a reunião e remarcá-la para a próxima semana.
A revisão de estatutos em causa, elaborada pelo Conselho Superior (órgão consultivo do clube), prevê que as eleições do FC Porto, que normalmente ocorrem em abril, pudessem passar a acontecer até junho. Além disso, exigia aos sócios dois anos de ininterruptos de filiação sénior ou dois anos ininterruptos intercalados, um na categoria sénior e outro na categoria júnior, para poderem votar, ou seja, nenhum jovem de 18 anos poderia votar nas eleições.
Contra esta revisão dos estatutos insurgiu-se o presidente do clube, Pinto da Costa, que na Assembleia Geral de segunda-feira afirmou ser contra o ponto que impedia os jovens de 18 anos de votar e assumiu ter um compromisso com o presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Lourenço Pinto, para que as eleições do próximo ano acontecessem em abril, mesmo podendo realizar-se até junho.