
Gerardo Santos / Global Imagens
Um empate que soube a derrota. Um relatório sobre a ADSE que atinge um assessor de Marcelo. Um silêncio à volta da nova taxa sobre produtos açucarados. As notícias da manhã, na TSF.
Corpo do artigo
1. Entrar de peito feito, acabar cabisbaixo. No jogo de estreia de Portugal no Europeu de futebol, o empate soube a derrota. Quem o disse foi o sempre otimista António Costa, à saída do estádio TSF/Carlsberg, em Lisboa. Ronaldo, o número 7, queixou-se do jogo fechado dos islandeses, mas a análise dos números, feita pelo João Nuno Coelho, mostra à evidência que no mínimo houve um grande problema de eficácia - para dizer o menos. A verdade, verdadinha, é que os estreantes islandeses não tiveram medo de Portugal. E Portugal reagiu como Fernando Santos, na foto nº 17 desta galeria do jogo.
No próximo sábado, a nossa seleção defronta a Áustria que, como ontem perdeu contra a Hungria, não vai poder jogar para o empate. Nós por cá, voltaremos a ouvir isto, com fé num resultado melhor.
2. Um relatório que bate no último Governo - e à tabela num assessor de Marcelo. O Tribunal de Contas diz que a ADSE foi instrumentalizada, para tapar um buraco nas contas públicas. Sendo que a acusação vai direitinha para dois membros do Governo PSD/CDS. Um deles é Hélder Reis, agora assessor do Presidente da República.
3. E todos os caminhos vão dar a Marcelo. Ele pede consenso sobre a recapitalização da CGD; ele garante que António Costa não disse o que se disse que disse (sobre emigração); e ainda foge aos seguranças, num momento registado em vídeo por um brasileiro de queixo caído.
Dos assuntos do dia de ontem, só não se ouviu Marcelo sobre a seleção - e sobre as mudanças na mobilidade especial, que o Governo está a negociar com os sindicatos.
4. Um imposto sobre bebidas açucaradas - e um silêncio estranho. O valor ainda não está definido, mas o Governo quer cobrar um imposto sobre os refrigerantes, que deve entrar em vigor em 2017 - e levar a um aumento do preço destas bebidas. A indústria, porém, parece ter um pacto de silêncio. Quem fala é a CIP, que diz não querer acreditar que a medida avance assim. Mas a Direção Geral de Saúde diz que é preciso "incentivar quem produz estas bebidas a ter cada vez bebidas com menor teor de açúcar".
A polémica está, portanto, instalada. Como aconteceu em França, quando o imposto avançou em 2012; ou como aconteceu na Alemanha, onde nem chegou a ser implementada.
5. A América Latina está de pantanas. Na Venezuela há registos de pilhagens de várias lojas (algumas de portugueses), por falta de alimentos - com três mortes oficializadas nas últimas horas. Já no Brasil, a justiça decidiu apreender os bens do (afastado) presidente da câmara dos deputados, por alegada participação num esquema de corrupção. Dilma Rousseff, essa, já só fala de eleições.
O que vale, por lá, é que só se fala da Copa América, que já vai para os quartos-de-final. Isto lembra-lhe alguma coisa?
PARA OUVIR E... APAGAR
Para animar o dia, nada como uma boa música. Seja na última Zona de Projeção, onde entramos nas melhores bandas sonoras, na Zona Global (com as Canções do Homem Comum), ou na Zona Pop da semana passada, onde passaram Benjamin Clementine e... Nice Weather for Ducks. Deixo a Zona Ribeirinha para amanhã, porque para fado já nos bastou o de ontem.
Uma notícia boa, para fechar: a Apple vai finalmente acabar com uma das coisas mais irritantes do iPhone. Vamos apagar umas aplicações?