Mundial 2030 em Portugal "aumenta, e de que maneira, a responsabilidade da seleção"
O treinador Augusto Inácio afirma, em declarações à TSF, que Portugal "já tinha dado provas, desde o Europeu 2004, que estava apto para estas grandes competições e que é um país que organiza bem as coisas, não só em termos desportivos, mas como em termos de segurança".
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O antigo defesa internacional Augusto Inácio afirma que a participação de Portugal no Mundial enquanto organizador é "inédita", destacando que a "responsabilidade da seleção portuguesa aumenta", ainda que a maior parte dos jogadores que agora a integram não sejam os mesmos em 2030.
O técnico não esconde, ainda assim, a surpresa que sentiu pelo facto de os jogos não se realizarem apenas em Portugal, Marrocos e Espanha, cujas candidaturas à organização foram esta quarta-feira aprovadas pela FIFA.
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"Quando eu li que tinha sido Portugal, Espanha e Marrocos, os vencedores para esta organização do Mundial 2030, eu pensava que os jogos todos fossem em Portugal, Espanha e em Marrocos e nunca na América do Sul. Até dá vontade de dizer então que isto não é só Portugal, Espanha e Marrocos", confessa, em declarações à TSF.
Ainda assim, aponta que a conquista de Portugal é "uma satisfação", explicando que o país "já tinha dado provas, desde o Europeu 2004, que estava apto para estas grandes competições e que é um país que organiza bem as coisas, não só em termos desportivos, mas como em termos de segurança".
"Ficou sempre aquela ideia de que Portugal poderia ter uma hipótese de, mais tarde, organizar também o Mundial. É verdade que não organiza sozinho, mas conseguimos. Conseguimos também à base do grande trabalho que o presidente da Federação, Fernando Gomes, está a fazer, e que fez com que as coisas fossem mais para o nosso lado e em 2030 vamos ter essa realidade", afirma.
Por outro lado, Augusto Inácio sublinha que a pressão aumenta para os jogadores lusos.
"É evidente que aumenta, e de que maneira, a responsabilidade da nossa seleção porque nós somos um país organizador e quando nós não organizamos noutros Mundiais, o que é que dizíamos sempre? Portugal é um putativo candidato a ganhar o Mundial, nunca lá chegámos, é um putativo e agora jogamos em casa, claro que vamos ter mais responsabilidades", defende, afirmando também que isso é "bom" e prova a "evolução" da equipa das quinas.
"Temos muitos jogadores a jogar fora de Portugal em campeonatos muito competitivos e, depois, vamos ver que jogadores é que vamos ter nessa altura, porque, entretanto, faltam sete anos e, até lá, muitos destes jogadores, que estão na seleção nacional atualmente, não vão estar nesse Mundial 2030", diz, elogiando o trabalho de Rui Jorge - que considera estar a construir "uma boa base de jogadores nos sub-21".