O treinador André Villas-Boas admitiu, esta quarta-feira, que não pode apagar a ideia de traição sentida pelos adeptos do FC Porto com a sua saída para o Chelsea.
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«O Porto é a minha cidade e não posso escondê-lo, os adeptos do Porto vão sempre sentir que não há nada que eu possa dizer que apague a sensação de terem sido traídos», explicou o Villas-Boas, em entrevista ao site do Chelsea.
Com 33 anos, o quarto mais novo treinador da história do Chelsea, que esta quarta-feira assinou um contrato válido por três épocas, explicou que se trata de um «enorme desafio individual» que decidiu aceitar.
«A partida não é algo fácil para mim porque é o meu clube, o clube que defendi muito"», afirmou o técnico, realçando o «ano magnífico» que passou no FC Porto, com a conquista da Liga Europa, do campeonato, da Taça de Portugal e da Supertaça.
Mas o português explicou que este era um desafio que «precisava de aceitar devido a importância do Chelsea, à importância da Premier League».
O Chelsea vai estar atento ao mercado de jogadores, mas o novo treinador, André Villas-Boas, prometeu que não haverá «mudanças radicais» na equipa.
«É algo normal para nós, tal como para qualquer outro clube, olharmos para o mercado, mas também é normal respeitarmos aquilo que temos e a qualidade dos jogadores que temos», afirmou em entrevista à Chelsea TV.
O português disse ainda que não encara o "jogo" como "one man show", mas a reunião de ideias individuais ao serviço do colectivo: «Tive a sorte de nestes dois anos ter futebolistas a quem desafiei a sua ambição e motivação, o que nos ajudou a atingir este tipo de sucesso».
«Esse é o desafio que enfrento e sinto-me confiante de que posso motivar toda a gente. Não só os futebolistas, mas também a estrutura. Sinto-me confiante e posso responder à ambição dos adeptos, do dono do clube e da administração», garantiu.
Villas-Boas vai focar-se em «desbloquear o potencial» de todo o grupo, «estimulando e motivando» os futebolistas e potenciando a «liberdade de escolha», pois entende que «no fim são os jogadores que decidem o jogo no relvado, resolvendo diferentes situações sem a ajuda do treinador».
O novo treinador do Chelsea admite ainda ser complicado fugir às comparações com José Mourinho, mas desvaloriza o facto.