Capitão abandona clube de Alvalade unilateralmente, 18 anos depois. Diz ter vivido "momentos de puro terror" no Sporting.
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LEIA AQUI NA ÍNTEGRA A CARTA DE RESCISÃO DE RUI PATRÍCIO
Rui Patrício diz ter sido "alvo de violência psicológica e de violência física", acusando o Sporting de ter posto em causa a sua "segurança e integridade física", chegando mesmo a "temer pala vida".
Na carta com 34 páginas, citada pelo Diário de Notícias , o capitão leonino pede rescisão por "justa causa" do contrato que o liga ao Sporting e assume que poderá avançar para um pedido de indemnização por "danos de natureza não patrimonial".
"O representante máximo da SAD criticou-me publicamente, ofendeu-me, suspendeu-me, acusou-me, processou-me", denuncia o internacional português, revelando várias mensagens escritas por Bruno de Carvalho.
Bruno de Carvalho "atiçou, diversas vezes, a ira dos adeptos contra mim e contra os meus colegas de equipa, bem sabendo que alguns adeptos, em particular as claques, reagem de forma primária e irracional. Vivi momentos de puro terror, sem que a Sporting SAD tenha revelado qualquer preocupação", acrescenta.
Rui Patrício formalizou esta sexta-feira o pedido de rescisão unilateral do contrato que o liga ao Sporting . O advogado do guarda-redes enviou esta manhã o pedido por fax à SAD leonina, confirmou a TSF.
Bruno de Carvalho confirmou que recebeu o documento, mas diz que Patrício "está a ser instrumentalizado" e o clube alvo de "chantagem". Acusa o empresário Jorge Mendes e a Gestifute de querer uma comissão (percentagem do negócio de Rui Patrício e Adrien) de mais de sete milhões de euros.
Rui Patrício, de 30 anos, é o capitão da equipa principal de futebol dos leões. Está no Sporting há 18 anos e tinha contrato até com o clube até 2022. Chegou em 2000 para integrar as camadas jovens do clube, sendo que a estreia pela equipa principal aconteceu em 2006.