O Banco de Portugal diz que os responsáveis do BES não cumpriram as ordens do regulador. Surpreendida com os enormes prejuízos divulgados, a instituição diz que está em curso uma auditoria forense.
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Perante um "buraco" inesperado, o Banco de Portugal explica que decidiu suspender, de imediato, os membros da administração com o pelouro da auditoria e gestão de riscos, para além dos máximos responsáveis pela fiscalização das contas do Banco Espírito Santo (BES).
O Espírito Santo Finantial Group (ESFG), da família Espírito Santo, que detém 20% do banco, fica ainda inibido de usar os direitos de voto. O BES está também obrigado a avançar para um aumento de capital.
O Banco de Portugal sublinha que disse, há duas semanas, que o BES tinha uma almofada financeira para responder ao impacto negativo da situação no Grupo Espírito Santo (GES). O problema é que factos novos, identificados nas últimas semanas «pelo auditor externo» revelaram um novo "buraco" de 1500 milhões de euros.
O regulador acrescenta que esses factos «indiciam a prática de atos de gestão gravemente prejudiciais para o BES e um claro incumprimento das determinações do Banco de Portugal».
O comunicado acrescenta que está em curso uma auditoria forense e sublinha que existiam responsáveis, dentro do BES, que tinham a obrigação de garantir que isto não acontecia.