A Bolsa de Nova Iorque encerrou em queda acentuada, penalizada pelos receios sobre a saúde da economia norte-americana, apesar do aumento do limite legal da dívida.
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O índice industrial Dow Jones terminou a perder 2,19 por cento (265,87 pontos), para os 11.866,62 pontos, o nível mais baixo desde meados de Março. O índice vedeta fecha assim no vermelho pela oitava sessão consecutiva, o que já não acontecia desde Outubro de 2008, em plena crise financeira.
O tecnológico Nasdaq desvalorizou 2,75 por cento (75,37 pontos) para os 2.669,24 pontos e o alargado Standard & Poor's 500 recuou 2,56 por cento (32,89 pontos) para os 1.254,05 pontos, noticia a AFP.
«No espaço de uma semana, a opinião dos investidores mudou completamente. Agora, começamos a ter comentários que falam de recessão durante a segunda parte do ano», afirmou Gregori Volokhine, da Meeschaert Capital Markets.
Depois do problema do endividamento, os agentes do mercado estão preocupados com os números das despesas das famílias norte-americanas, depois de o consumo ter contraído em Junho, pela primeira vez em dois anos.
De acordo com o Departamento do Comércio, o consumo privado caiu 0,2 por cento face a maio, numa altura em que os analistas esperavam um aumento, ainda que ligeiro.
Ultrapassado o impasse político sobre o aumento do tecto legal de endividamento, a bolsa nova-iorquina desvalorizou o resultado obtido, temendo «ver o crescimento derreter como neve ao sol», explicou Volokhine.
«O mercado estava distraído pelo que se passava em Washington e tinha esquecido que os Estados Unidos continuam a lutar para sair de uma grande recessão», observou, por seu lado, Lindsey Piegza, da FTN Finantial.