Nada vai mudar nas relações laborais se a proposta do Governo sobre leis de trabalho for aceite, considera a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP).
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A CIP saiu, esta tarde, da reunião da concertação social convencida que a actual lei laboral já contempla as novidades que hoje foram reveladas.
O trabalho por objectivos já não é uma novidade em Portugal. Apesar de agora poder vir a ser alargado a todos os trabalhadores e de forma individual, a Confederação da Indústria Portuguesa diz que não vem mal ao mundo se Portugal adoptar estas medidas.
Gregório Rocha Novo revela mesmo que há muito que os empresários estão à espera de uma lei como esta.
Mas para a CGTP, pela voz de Arménio Carlos, esta proposta do governo é como um cavalo de Tróia para os despedimentos.
Além das leis do trabalho, em causa estão também as alterações ao subsídio de desemprego que passa a sofrer uma redução ao fim de seis meses, o que para Ana Paula Bernardo, da UGT, é uma opção politica pouco social.
No final da reunião do grupo de trabalho criado por decisão do plenário da Concertação Social, a UGT fez saber que o Governo comprometeu-se a apresentar uma nova proposta no âmbito das Políticas de Emprego e Reforma da Legislação Laboral que vá mais ao encontro das preocupações apresentadas pelos parceiros sociais.
O debate entre os parceiros sociais continua sexta-feira com a questão das competitividade das empresas.