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A Urbanos vai concorrer à privatização dos CTT -- Correios de Portugal e propõe pagar entre 500 e 600 milhões de euros pela totalidade da empresa, disse à Lusa o presidente do Grupo.
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Alfredo Casimiro avançou que o Grupo Urbanos tem como parceiro a Shuaa Capital (banco de investimento com base no Dubai), com o qual está a trabalhar «em várias áreas, nomeadamente a aeronáutica e a logística», na sequência de um memorando de entendimento assinado em dezembro de 2012.
O presidente do grupo adiantou que, no dia 24 de setembro, «foi entregue à Parpública, via Caixa BI e JP Morgan, uma carta de intenções não vinculativa», na qual a Urbanos e a Shuaa Capital apresentam três cenários para a privatização: uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla inglesa), a aquisição de 100% da empresa e a possibilidade de o Estado ficar com uma «participação mínima, na casa dos 20%».
«A cada uma delas [hipóteses] atribuímos uma valorização, sendo certo que aquela que preferimos e que achamos que é a que faz mais sentido é uma aquisição a 100% em venda direta. Atribuímos um valor entre os 500 e os 600 milhões de euros», disse Alfredo Casimiro.
O responsável defendeu que o projeto da Urbanos para os CTT é «um projeto de expansão no mercado nacional, mas também no mercado internacional», nas geografias em que o grupo já opera, designadamente Marrocos, Angola e Moçambique.
O Diário Económico noticia hoje que, além do Grupo Urbanos, estão na corrida à privatização dos CTT os Correios do Brasil, o Grupo Rangel, aliado ao Montepio Geral, o empresário Paulo Fernandes, o fundo Apax Partners Private Equity Investment Group Fund e «outros dois/três fundos de investimento».
O vice-presidente do Brasil, Michel Temer, disse hoje, em entrevista à Lusa em Lisboa, que vai hoje reiterar, perante o Governo português, o interesse dos Correios do Brasil na privatização dos CTT.