O Instituto Nacional de Estatística indicou hoje que o défice em contabilidade nacional, a que é enviada para Bruxelas, atingiu os 7,1% nos primeiros seis meses do ano.
Corpo do artigo
No entanto, o Instituto Nacional de Estatística (INE) diz que no final de 2013 o défice deverá ser de 5,5%, o valor final com que Portugal se comprometeu com a troika. Em 2012 o défice ascendeu a 6,4%.
Segundo o INE, o défice orçamental nos primeiros seis meses do ano foi de 5.700,2 milhões de euros, menos 0,7 pontos percentuais no primeiro semestre de 2012.
Quanto ao défice orçamental para o ano terminado no final de junho, o INE diz que este foi reduzido em 0,9 pontos percentuais para os 6,1% do PIB, face aos 12 meses terminados no primeiro trimestre deste ano.
Esta redução segundo o INE é explicada tanto por um aumento na receita como na diminuição da despesa.
No entanto, esta diminuição da despesa foi feita pela via da redução de despesa de capital, que representa menos investimento da parte das Administrações Públicas, tendo a despesa corrente (onde se incluem as despesas mais rígidas, como as despesas com pessoal) aumentado 0,6%, graças a um aumento do consumo intermédio.
Na via dos impostos, a receita superior foi conseguida graças ao aumento dos impostos sobre o rendimento (IRS e IRC) e património, uma vez que a receita de impostos sobre a produção e importação caíram.
Este valor é ainda influenciado pelo valor elevado de dividendos entregues pelo Banco de Portugal ao Estado este ano, na ordem dos 350 milhões de euros, relativos ao exercício de 2012.
Também de acordo com o INE, a dívida das administrações públicas deverá atingir os 127,8% do PIB em 2013, pior do que previa o Governo (122,3%) e também acima do que estimava a Comissão Europeia (123%) e o Fundo Monetário Internacional (122,9%).
O INE indica também que o Governo reviu em alta a previsão da dívida das administrações públicas dos 123% para os 127,8%, ou seja um agravamento de 4,8 pontos percentuais.
Para os números de 2013, o INE utiliza as previsões do Governo.